"Nem todo amigo quer te ouvir, nem toda mãe tem tempo, mas um papel sempre tem espaço pra você falar."
— Lara Oliveira
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
"E, fatalmente, vão se cruzar por aí. São tantas as esquinas. Vocês vão beber um café quente juntos, falar amenidades, sobre novos cortes de cabelo, você está bonita, e você mais maduro, como está sua mãe e tudo mais. Nos momentos de silêncio, baixarão o queixo, com medo de amarrar olhares e, talvez, voltar tudo aquilo outra vez. Mas vai ser só isso."
— Gabito Nunes.
— Gabito Nunes.
domingo, 26 de agosto de 2012
“Parece exagero, mas é que você, poxa vida, só você conseguiu pular o muro de dificuldades que levantei em volta de mim quando as palavras dor, saudade, ausência, falta e despedida fizeram de mim uma menina de lata. Você e seus cabelos escuros e sempre meio ensebados de vir da rua, seu abraço com cheiro de confiança e seus sorrisos nada comerciais. Eu, menina com os pés no chão e sem teto, acabei de decidir que vou levar um choque térmico, atravessando bruscamente pro lado quente da calçada. Conto contigo.”
Gabito Nunes
*--*
Ela: Se você fosse um cachorro, qual iria ser a primeira coisa que você faria?
Ele: Eu iria fazer xixi em você.
Ela: Eca! Por que?
Ele: Para marcar o meu território e deixar bem claro que você é só minha.
Ele: Eu iria fazer xixi em você.
Ela: Eca! Por que?
Ele: Para marcar o meu território e deixar bem claro que você é só minha.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
“Não quero que você me largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse de mim como ontem à noite você cuidou. Eu quero que dê certo, não estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando. É só o que eu peço.”
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
"E a gente vai se olhar e rir de todo esse dramalhão, vou
te chamar de bobo, você vai me chamar de besta e amanhã de manhã um
outro sol, não mais tão quente e nem tão brilhoso quanto antes, vai nos
convidar pra passear enroscados na calçada da mesma ruazinha apertada e
sem graça de sempre, como sempre foi. E as pessoas vão perguntar se você
voltou. E você vai dizer que nem foi."
— Gabito Nunes
"Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai
refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar porque você é bobo.
Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se
viver. Não me faz ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho
certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso."
— Tati Bernardi.
domingo, 5 de agosto de 2012
“Chega em mim sem medo, toca no meu ombro, olha nos meus olhos, como nas canções do rádio. Depois me diz: — “Vamos embora para um lugar limpo. Deixe tudo como está. Feche as portas, não pague as contas nem conte a ninguém. Nada mais importa. Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa. O resto? Ah, o resto são os restos. E não importam.” Mas seus livros, seus discos, quero perguntar,seus versos de rima rica? Mas meus livros, meus discos, meus versos de rima pobre? Não importa, não importa. Largue tudo. Venha comigo para qualquer outro lugar. Triunfo, Tenerife, Paramaribo, Yokohama. Agora, já. Peço e peço e não digo nada mas peço e peço diga, diga já, diga agora, diga assim. Você não diz nada. Você não me vê por trás do meu olho que vê. você não me escuta por trás da minha boca que pede sem dizer, e eu bem sei.”
— Caio Fernando Abreu.
— Caio Fernando Abreu.
"É como dar leite num pires raso a um gatinho doente, muito doente, canceroso até. Alimentar esse envolvimento com pequenos encontros e gestos enigmáticos é um sopro de vida, no entanto qualquer esperto consegue ver que não vai dar em nada, que a coisa toda vai morrer até mesmo antes de chegar ao fim."
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
“E eu não sei pedir. Meu Deus, eu não sei pedir ajuda. Nunca gostei de depender dos outros. E tem mais: não consigo dizer eu-preciso-de-você-agora. Sei que é simples, mas não sai. Algo me trava, a voz não sai. Tenho um orgulho que não me deixa. Acho que tenho que ser a fortona do pedaço, que consigo me reconstruir, me levantar sem dar a mão para ninguém. Não gosto de admitir nem assumir fraquezas nem de demonstrar a minha própria fragilidade. As pessoas fazem SOS a todo instante. Choram, pedem, imploram, suplicam. Não consigo. Para mim isso é traição. Não consigo chegar para a outra pessoa e falar tô-acabada-tô-precisando-não-vou-conseguir-sozinha. Sinto um terror só de pensar.”
“Quem foi que inventou o “não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”? Eu deixo para depois, sim. E não me condeno por isso. Não sou a Mulher Maravilha. Fico cansada, fico de saco cheio, fico de TPM, fico com dor de cabeça. De vez em quando não dou conta do trabalho, não dou conta da casa, não dou conta de pagar as contas. Mas tudo se ajeita. A gente precisa entender que tem que ser o que é, não o que a sociedade diz ou os outros esperam.”
— | Clarissa Corrêa |
“Para atravessar agosto é preciso, antes de mais nada, paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro, e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso, quem sabe, ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente “ah!”, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.” CFA*
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